Participante da fundação da Banda Municipal do Recife, em 1961 em 1965, 1967 e 1968 foi vencedor dos concursos de carnaval promovidos pela Prefeitura Municipal do Recife na categoria maracatu; mas foi também na década de 60, com o frevo, que se fez um mestre.
Seu diferencial surgiu através da sofisticação de composições como:
- Frevo na Tempestade (1966);
- Pra Frente Frevo (1968);
- Aí vem os palhaços (1972);
- E o Frevo Continua…(1977).
Estas e outras composições criaram sua imagem como ícone do frevo. Assim deu inicio a respeitada trajetória musical.
Durante a década de 70 foi Diretor da Banda Municipal do Recife, venceu o Festival de Frevo dos Diários Associados com o frevo de rua “Alô Recife”;
Diretor Musical/Regente do Disco Carnaval do Recife do Concurso de Músicas Carnavalescas para 1976
Foi um dos idealizadores do Projeto Espiral, base para criação do Centro de Criatividade Musical.
Compôs “A Grande Abertura do Diário de Pernambuco”, para Orquestra Sinfônica, Banda Sinfônica e Coro, executada em primeira audição, nas comemorações dos 150 anos do referido jornal.
Colaborou com diversas agremiações carnavalescas pernambucanas, que atuam no carnaval de rua, a exemplo de:
- Coqueirinho de Beberibe,
- Papagaio Falador (dirigido pelo Mestre Dudu, autor do frevo Farol Apagado),
- Bolachão de Beberibe,
- Seu Malaquias,
- Batutas de Água Fria,
- Madeiras do Rosarinho (onde teve o privilegio de tocar a partitura original do frevo “Madeiras que cupim não rói do Mestre Capiba),
- Inocentes do Rosarinho,
- Prato Misterioso,
- As Pás,
- Lenhadores,
- Batutas de São José (ao lado do Mestre João Santiago),
- Vassourinhas,
- Rebeldes Imperial,
- Teimoso em Folia.
Orquestrador do “Projeto Aquários”, 1977; Compôs “A Grande Abertura do Diário de Pernambuco”, para Orquestra Sinfônica, Banda Sinfônica e Coro, executada em primeira audição, nas comemorações dos 150 anos em 1977;
Participou como Regente e Compositor do “Projeto Música Popular do Nordeste”, 1978; Regente da Banda Sinfônica Juvenil Pernambucana, 1978; Assessor de Música da FCCR e PCR no período de 1979 a 1981;
Em 1964, incentivado por Gilberto Pimentel dos Santos, trompetista da Banda da Cidade do Recife, resolveu inscrever duas músicas no concurso da PCR, “Prelúdio de Maracatu” e “Frevo no Ano 2000”, este de rua. Na hora de apresentar o maracatu para a comissão julgadora, no Teatro de Santa Isabel, faltava o intérprete. Desesperado, o jovem compositor Ademir Araújo aproximou- se de alguém que cantarolava junto ao piano e perguntou-lhe se não podia defender a sua música.
O desconhecido cidadão conheceu a música, ensaiou a letra, gostou e topou ajudar ao neófito compositor. Não era outro senão Claudionor Germano – o bom do Carnaval, concorrendo com Nelson Ferreira e Jaime Griz, o maracatu ficou em segundo lugar, só perdendo para o de Nelson. O frevo mereceu de Valdemar de Oliveira, integrante da comissão julgadora, um artigo no jornal sugerido que fosse transformado em poema sinfônico.
E é isso que Ademir Araújo vem tentando, para que o frevo seja música sinfônica. E já foi bem-sucedido na primeira experiência, recentemente, com a execução pela Banda Sinfônica da Cidade do Recife da peça “ Fantasia sobre um Frevo de Levino Ferreira”, de sua autoria.
Até que, em 1970, designado pelo então secretário de Educação do Município, Gilberto Marques Paulo, assumiu a regência, desempenhando até hoje a função juntamente com a de diretor musical da Banda Sinfônica da Cidade do Recife, Por ele criada em 1989.